pimenta, mukuru

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texto: www.ecologicstation.com

As pequenas pimentas vermelhas, resultantes, pungentes, globosas em formato esférico, irregular, de 4,4—7,6 por 4,2—7,3 milímetros, registam ocorrências descritas pelos Departamentos de Huancavelica e Ayacuchoe da bacia do rio Mantaro, florescem em Maio e amadurecem do verde ao vermelho, somente classificada em 1954 por Óscar Tovar, quando localizada, pela primeira vez.  Espécie muito rara em consequência das imensas condicionantes, tanto no aspecto da viabilidade e germinação das sementes quanto da sua própria evolução  que, para além dos enormes e sucessivos  fracassos na sua eclosão, se apresenta de crescimento demorado e errático. Diz-se, serem a Capsicum Tovarii e a Capsicum Galapagoense, as mais raras espécies de Capsicum.

De sabôr bem aromático, não deixa de apresentar um nível de calor bem elevado.

Durante os últimos 25 anos, estudos de campo e pesquisas efectuadas pelos Autores e Charles B. Heiser Jr. levaram à descoberta e reconhecimento de novas táxonomias em diversos géneros Capsicum na América do Sul (Heiser e Smith), 1958: Eshbaugh & Smith 1971). Anos atrás os autores, do Departamento de Huancavelica, no Peru, haviam tomado conhecimento de uma espécie de pimenta que se acreditava ser endémica para os vales da bacia rio Mantaro. Todas as investigações faziam crêr tratar-se efectivamente  de uma nova espécie de capsicum que à altura se descrevia pela primeira vez.

A planta pode, fora do seu habitat natural, na melhor das hipóteses, atingir uma altura de 0,50—0,75cm, tornando-a assim numa das menores espécies do seu género. Os brotos são muito finos e formam rebentos laterais obrigando, por vezes, a planta a se arrastar pelo chão na fase de crescimento. Ela tem uma flor em forma de taça, brilhante com tons amarelos ou âmbar roxo, com manchas verdes como a C. baccatum. As folhas são brilhantes e variam consideravelmente de tamanho, situando-se nos 3—8 cm de comprimento por 2—4 cm de largura.

Capsicum Tovarii não é particularmente sensível a  doenças.

Plantas perenes, para 1,00  m de altura no seu habitat natural. Sub-frutescentes, caules difusos ou em escala com “sympodially” ramificado, cujo padrão de crescimento oferece uma imagem  lateral em que o meristema apical desaparece. Folhas caducas, alternas, ovalo-lanceoladas (trullate quando jovens), 3,5—8,2  por 1,5—3, 8 cm, venação  pinada (broquidódromo), lâmina glabra a esparsamente pubescente acima e abaixo,  axilas com vilosidades  abaixo das veias, ápice acuminado a atenuado, margens inteiras, com tricomas “striguillosos”  unisseriados, base atenuada; pecíolo ligeiramente canalizado com 1—3 cm de comprimento. Inflorescências constituídas de “dichasium” axilar composto. Flores funcionalmente unissexuais ou bissexuais actinomorfas. Calice em forma de tubo de copo-leite com 1,3—1,9  por 1,8—2, 6 mm membranoso entre lobos de 5 dentes, variável, de 0—1,3 mm de comprimento glabrosa a puberulenta; corola roxa e creme ou apenas creme, marcado com 2 pontos verdes na base de cada lobo, campanuladas, de 4,4—8,5 mm de largura, lobos com ou sem garra apical na margem dos lobos diversas papilas. 5 estames, epipetalos, alternados com os lobos da corola, antera de sacos paralelos (thecae), extrorse, dorsifixado. Ovário bicarpelado de 0,9—2,6 por 0,9—1, 5 mm; estilo apical, heteromórfico de 1,5—7,6 milímetros clavada estigma longo ou 2—4 lobadas; 04/08 óvulos por ovário, anátropos. Um fruto vermelho pungente globosos de 4,4—7,6 por 4,2—7,3 milímetros, pedicelo 1—2 cm de comprimento. Sementes 2,5—3,5 milímetros de côr creme, muito coloridas, estriadas a reticuladas, minuciosamente tuberculadas, auriformes.