
Conhecida como Chiltepin, chile Tepin ou simplesmente Tepin, trata-se de uma variedade silvestre dos desertos do México e Estado Unidos (Texas), cujas plantas crescem sobre as superfícies rochosas das encostas íngremes e são difíceis de encontrar, pois geralmente ficam camuflados por outros arbustos, nos quais se protegem à meia sombra. Acreditam os botânicos, que essa pimenta seria a antepassada de todas as variedades da espécie C.annuum existentes hoje. Arqueólogos, em escavações feitas nos sítios arqueológicos do Vale do Tehuacan , no México, encontraram sementes de Pequin datadas em 6.000 anos, sempre acompanhadas de sementes de milho, o que sugere que o costume mexicano de preparar nachos apimentados vem de muito longe. É uma planta de cultivo difícil e, até o momento, todas as tentativas de cultivo comercial falharam, embora seja uma planta relativamente robusta. Adapta-se melhor em climas secos com noites frias, e prefere solos argilo-arenosos. Pode atingir 1m de altura, com folhas e hastes verdes escuras, bastante ramificadas e sem a presença de antocianina nodal.
As flores, únicas por nodo, de pedicelo ereto na antese, possuem corola branca, sem manchas no lóbulo das pétalas, com anteras de coloração cinza e estigma exceto.
Os frutos assumem posição ereta. De pele lisa e formato esférico, com 13 mm de diâmetro, são muito pungentes, e apresentam cores que iniciam com um roxo esverdeado, passando ao verde escuro, depois laranja, até atingir o vermelho vivo característico dos frutos maduros. Suas sementes, de cor creme, são de germinação lenta, o que ocorre em um período médio de 21 a 90 dias. A colheita se inicia entre 140 a 150 dias após a germinação, e cada planta pode produzir centenas de frutos.
Em sua região de origem, é usado seco e moído sobre a comida, ou adicionados a sopas, feijão, guisados, salsas, chorizo ou qualquer outra receita que se deseje apimentar. No México, os índios Tarahumara do deserto Sonoran, acreditam que a Tepin tem poder de proteção contra feitiçaria.